Indústria mineira é exemplo de respeito ao meio ambiente.

Uma empresa com visão de futuro, conectada a novas tecnologias e melhores práticas ambientais. Esse bordão, bastante utilizado em anúncios publicitários, nem sempre faz jus à empresa anunciante. Mas a Recitec, empresa com registro ativo no Crea-MG, tem história e rigor científico para comprovar. Localizada em Pedro Leopoldo, a Reciclagem Técnica do Brasil A Recitec foi a primeira em Minas Gerais e a segunda no país a fazer a reciclagem de lâmpadas. A fábrica começou a ser montada em 1998 e a operação iniciou em 2003.

O engenheiro químico e fundador da empresa, Benami Waisberg desenvolveu com a equipe uma técnica um processo que utiliza o sistema a seco, que não gera efluentes líquidos. Daí o fato dele ser cada dia mais aceito em indústrias que respeitam o meio ambiente. A eficiência e o moderno processo de descontaminação de lâmpadas da Recitec, dá continuidade ao ciclo de vida do produto e evita que o seu descarte inadequado traga graves consequências para todos.

Benami Waisberg: Então nós já concebemos o nosso processo a seco. Nós fazemos três ou quatro níveis de segurança, os equipamentos trabalho sobre depressão, dentro de um contêiner sobre depressão, dentro de um galpão sobre depressão. Então, nunca vaza nada do processo para o exterior. Esse gás é tratado em filtros de carvão ativado para garantir que 100% do vapor de mercúrio seja absorvido e retirado do meio ambiente. Nós nascemos já com o rigor para o século 21.

A gestão está alinhada a Lei.12.305, de 2010. A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para o gerenciamento dos resíduos sólidos. Por convicção e conformidade, mensalmente a Recitec tem capacidade de processamento de duas milhões e 640 mil lâmpadas por ano.

O engenheiro defende políticas públicas mais rigorosas para o descarte e reaproveitamento de materiais recicláveis. Ele sugere a cobrança de valores mais baixos para produtos, desde que os consumidores devolvam produtos similares aos utilizados.

Benami Waisberg: O custo da destinação está embutido na lâmpada nova. Se ele leva a comprovação de que destinou a lâmpada, ele teria um desconto, igual com bateria de automóvel é do mesmo jeito. Para que ele vai tirar uma lâmpada, colocar na embalagem velha, levar para quando for comprar nova se ele não tiver uma punição ou um estímulo para comportar adequado, uma parte das pessoas não se dão ao trabalho de fazer direito.

O legado de Waisberg segue agora com o filho, que preside a Reciclagem Técnica do Brasil. O fundador continua presente na fábrica, trabalhando com fé por um mundo mais limpo.

Benami Waisberg: Eu gosto de falar para alguns conhecidos que quando eu for ver de Deus, se eu tiver essa oportunidade, e ele me perguntar o que que eu fiz para valer com a vida que ganhei dele? Eu vou poder responder que eu trabalhei uma boa parte da minha vida para manter o mundo que ele criou um pouquinho mais limpo.

Renato Franco
Rádio Crea-Minas
Publicada em 2 de setembro de 2021